quinta-feira, 13 de junho de 2013

Eu não acredito!?

Vou contar uma história espantosa. engraçada. verdadeira. uma história, pronto.
Começando pelo princípio que é sempre boa ideia: a minha casinha de aldeia de que aqui falo muitas vezes é numa rua que não tinha nome, porque ali não havia placas com nomes nem números de portas. Há uns anos atrás começou a ser obrigatório a identificação completa e lá recebi um número e soube que a rua se chamava Rua da Fonte.
Esta é uma casa de bonecas, muito pequenininha, mas com bom feitio. É muito bem iluminada, paredes grossas e sólidas, apanha sol o dia todo (desde que o haja...) ou seja não é húmida coisa rara nesta zona. E, como disse, é uma casa com bom feitio, simpática, bem disposta, nunca me deu ralações. Até que...
Até que o proprietário de um terreno na rua de cima, há uns anos,  decidiu construir umas casas. Coisa fina, dois belos casarões para alugar, mas essas obras estragaram o meu sossego e parte do meu quintal, porque ele mandou construir um muro em cima do meu, centenário, e aquilo ruiu tudo deixando-me quase emparedada em casa!!!  Foram meses de chatices, com o homem a fazer-se desentendido, e acabei por mandar fazer eu as obras à minha custa. Passou-se tempo, e a casa começa a ter infiltrações e tudo isso com origem nas tais obras um tanto atamancadas, qualquer coisa que ficou mal. Foi mais de um ano de telefonemas e cartas registadas até o homem decidir concertar o que estava mal.
Isto para explicar que as minhas relações com o vizinho da rua de cima, não são simpáticas.
Ora
eis senão quando, volta a aparecer água no meu quintal. Grrr..! Era demais. Mas, muito farta de conflitos, não me apetecia partir para a guerra de novo, de forma que fechei os olhos esperando (desejando) que aquilo fosse infiltração das chuvas e passasse. Ná! Cada vez corre mais água. Já tenho que calçar botas para sair de casa. Comecei a gozar com meu filho "Tás a ver? Nós a  estranhar ser Rua da Fonte, e afinal a fonte é aqui, no nosso quintal!"
OK, já em desespero, ligo para a companhia das água, dizendo que me parece haver uma fuga, porque corre água para a rua, para ver o que dizem. Chegam pressurosos, mas desenganam-me "Ná! Se fosse ruptura na via pública a gente chegava lá. Isto é naquela propriedade"
Pronto. Inicio a tentativa de contacto com o senhor, mais 10 telefonemas sem o encontrar. *suspiro* ai, ai...
Agora chega-me uma nóvel informação das companhia das águas "Afinal isto é uma mina. A água vem de uma nascente"
Acreditam?! Afinal é verdade, vivo na rua da Fonte porque existe aqui uma fonte sem eu saber. Directamente no meu quintal!!!




Pé de Cereja

10 comentários:

sem-nick disse...

Também não acredito!!!!
A sério, isso é mesmo assim??? A inundação é "natural"?!
BOA!!!

cereja disse...

Oláááá!!!
Há que tempos que não aparecias, sem-nick! Sejas bem-vindo :D
Pois é. Acredita que é verdade. tenho uma mina de água no meu quintal :))))

FJ disse...

É de vender água em garrafinhas, para compor as férias. E lançar o boato de que faz bem...fj

cereja disse...

Bela ideia, FJ!!!
Sobretudo essa de que faz bem a qualquer coisa, as pessoas gostam muito disso. ;)))

saltapocinhas disse...

eu tenho uma na cave. :)
como se du por ela na altura da construção da casa, fez-se ali um poço e assim sou auto-suficiente em água.

aproveita e faz uma piscina!

filipe guterres disse...

parabéns, lianor!
'descalça vai para a fonte lianor pola verdura', perdão:
'de botas está na fonte lianor, mas que ternura'
comercializa a água, lianor, como 'água da fonte' - vai ser um sucesso!

cereja disse...

Oh Saltapocinhas... :(
o conselho é excelente, e eu até faria um tanque com peixinhos vermelhos, se o mini jardim desse. O pior é que o espaço total é metade (ou menos!) do tamanho de uma piscina. A casa é de bonecas e o jardim também.

cereja disse...

Olááá Filipe! Desta vez encontraste o caminho dos comentários. Bravô! Fico bem contente!
........
Poizé, por enquanto vou de botas, mais lá para o calor (se é que este ano temos algum...) devo ir mesmo descalça.
A verdura por enquanto nota-se nas pedras do chão que estão a ficar verdes com uma espécie de início de musgo... Não fica nada bonito e dá para escorregar, caraças!!!

tinóni disse...

a ser assim, verdejando tanto a casa, olha, vivó o sporten! (sou o filipe na casa da lucilia)

cereja disse...

:))))
Então, olá tinóni! Como nick é bem giro. (há por aqui um habitué que assina sem-nick e pronto!) Eu sei que a Lucília não é tão verde como nós, mas eu cá este verde dispensava. :D